Laudo do IPC não identifica causa da morte de irmãs da Paraíba

 O laudo do Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba não conseguiu detectar a causa da morte das irmãs Suzzany e Kawenne Rodrigues, de 1 e 2 anos, respectivamente. Os resultados dos exames foram  divulgados nesta terça-feira (20) durante uma coletiva
de imprensa na Secretaria de
Segurança Pública em João Pessoa.

Mesmo sem conseguir identificar o que teria provocado a morte das crianças, o laudo do Instituto de Polícia Científica descartou a possibilidade das duas terem sido envenenadas e abusadas sexualmente. De acordo com Flávio Fabres, laudos inconclusivos só acontecem em 10% dos casos. Ele disse ainda que não descarta a possibilidade de exumar os corpos.
A delegada Joana Darc afirmou que vai analisar os prontuários dos hospitais que atenderam das crianças. Ela disse ainda que vai ouvir as pessoas envovildas no caso.

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O caso aconteceu no dia 10 de novembro em uma casa do bairro Valentina Figueiredo em João Pessoa. De acordo com a delegada Joana Darc, da Infância e Adolescência, a mãe de Suzzany Ferreira Rodrigues, de 1 ano e três meses, e de Kawenne  Geovania Rodrigues da Silva, de 2 anos e seis meses, deixou as crianças em casa com o pai. Quando ela retornou percebeu que Kawenne estava gemendo e com hemorragia. Inicialmente a mãe levou a menina para um hospital do bairro
Quando estava na unidade hospitalar, o pai chegou com Suzzany dizendo que ela se encontrava em estado similar ao da irmã. Em função da gravidade do estado de saúde, a menina de 2 anos foi transferida para o Trauma e a outra foi levada para um hospital particular. O avó das crianças, Severino Rodrigues, disse que no dia do acidente o pai das meninas contou que elas haviam comido veneno e por isso estavam doentes.
No dia 11 de novembro o pais das meninas foi detido por suspeita de ter violentado as filhas. A diretora do hospital onde uma das crianças foi internada disse que a menina estava com o abdômen agudo. “Ela estava com o abdômen distendido e cheio de ar e com sangue. Isso supõe houve espancamento ou abuso. Isto porque houve ruptura dos órgãos”, explicou a médica Oleida Almeida.
Mas um laudo preliminar do Instituto de Polícia Científica descartou a possibilidade das meninas terem sido vítimas de estupro e após exames no IPC o pai das meninas foi liberado.