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Jornalista publica texto criticando postura do governador; antes ele só defendia

Tribuna do Litoral: Chamou-me atenção um texto publicado pelo jornalista e blogueiro de João Pessoa, Luis Torres. Como muitos sabem, Luís é um fiel escudeiro do governo estadual. Principalmente na sua página pessoal, o Blog www.luistorres.com.br / até aí tudo
bem,
nada contra. O estranho do negócio, é que, pela primeira vez, depois de Ricardo Coutinho assumir o cargo  de governador, Luis publicou um texto que me surpreendeu, não pela ética de saber que está expondo os dois lados, mas ao fato de colocar em 'cheque' uma fragilidade deste grupo ‘coletivo gira-sol’, e confessar que a coisa não está nada bem. Pois bem, não vou falar muito. Mas, leia o texto e tire suas próprias conclusões:
Texto de Luis Torres:

"Se o projeto é de grupo, por que o PSB tem a exclusividade?"

Dentretantas palavras, as que mais se ouvem saindo da boca do governador Ricardo Coutinho é “projeto” e “grupo”. Cinco minutos de conversa com ele, é possível ouvi-las mais de cem vezes. Não por menos. Efetivamente, sob o manto da coletividade, o governador sempre pautou sua liderança pela supressão dos interesses individuais. Os seus liderados, sabendo disso, nunca ousaram ultrapassar a linha do individual para interferir no projeto de grupo. Quem tentou isso, foi convidado a “descer” do coletivo.
Foi nessa ótica do projeto de grupo, inclusive, que o prefeito Luciano Agra resolveu tirar sua candidatura à reeleição. Não satisfeito pessoalmente em carregar o fardo de um processo de reeleição, renunciou para que o “grupo” pudesse encontrar a melhor alternativa para o processo, enquanto ele, em nome do “projeto”, aprimorasse a gestão de João Pessoa sem ter que perder tempo com debates eleitorais.
Há, no entanto, uma contradição nos pós-renúncia.
As primeiras movimentações em torno do substituto de Luciano Agra revelam que o “projeto é de grupo” sim, mas desde que não interfira na supremacia do PSB, como partido principal da base. O que revela um contra senso perigoso.
Levada ao pé da letra, a expressão “projeto de grupo” indica que o que está em jogo é a continuidade da gestão formada por aliados e seguidores do processo de administração e de política iniciado pelo governador Ricardo Coutinho, independentemente da questão partidária.
Sendo assim, figuras como a do deputado federal Luiz Couto, do Partido dos Trabalhadores, e do secretário Nonato Bandeira, que acompanha o grupo há 19 anos, não poderiam ser ignoradas simplesmente por causa da ficha de filiação.
Eles não representam o projeto?
Ser “grupo” significa não excluir. Mas o PSB adotou um processo de seleção que depõe contra a velha pregação de ação em conjunto.
É a velha tese da “farinha pouca, meu pirão primeiro”. O PSB age como o pastor que prega do alto do púlpito: “O Reino de Deus está aberto para todos os que crêem. Mas tem preferência aqueles que tem dinheiro pra pagar o dízimo”.
No caso de Nonato Bandeira, por exemplo, é impossível encontrar alguém que mais defendeu as gestões do PSB nos últimos anos. Alguém que mais encarne o “projeto de grupo”.
Dentre tantos seguidores do “projeto de grupo”, Nonato está na lista dos principais. Na prática, é tão socialista quanto os outros. Aliás, sua filiação ao PPS é fruto de entendimento com próprio “grupo”.
Nonato Bandeira, assim como qualquer outro membro do “grupo”, tem que ser avaliado pela capacidade ou não de encarar a disputa. Não pela filiação partidária.
Se o importante é “ganhar” e dar continuidade ao projeto não se há de falar em veto partidário.
O fato é que o PSB parece querer limitar a discussão internamente. Deixando de fora partes integrantes do mesmo “grupo”, numa condição ufanista que pode levar o “projeto” a perder.
Aliás, foi o excesso de sectarismo partidário que levou Ricardo a escolher Agra como vice-prefeito em 2008. Tendo que trocá-lo quatro anos depois.
Nas hostes oposicionistas, comemoram-se as possibilidades que se tem colocado como opção do PSB para a disputa.
A oposição está vendo, pela primeira vez em quase dez anos, que o “projeto de grupo” da base ligada ao governador Ricardo Coutinho está se resumindo a interesses mais individuais e menos coletivos.
Um risco para o “projeto”.

Luís Tôrres
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